sábado, 31 de janeiro de 2009

revolutionary road

Qual será a melhor forma de definir "Revolutionary Road" : fácil de entender ou difícil de compreender?
Sai do cinema com isto na cabeça. Quando assim é, o cinema cumpre sua função, pela positiva.
Inevitável buscar referências a "American Beauty", também de Sam Mendes, realizador de "Revolutionary Road" que poderia ser uma prequela de "American Beaty" apesar de alguns contornos diferentes.
Poderia somente se focasse o casal Leonardo DiCaprio/Kate Winslet e Kevin Spacey/Annete Benning como ponto de partida. Ir mais além, seria entregar o filme ainda que seja um exercício interessante imaginar um antes e depois.
Em cerca de duas horas o carrossel de emoções que acompanham os personagens de DiCaprio e Winslet nos remetem a um lugar comum impossível de ignorar.
Uma obra literária, focada numa família a viver nos subúrbios, com o dilema diário de viver uma vida repleta de decisões, riscos, vitórias e derrotas, julgamento alheio e aparências.
Aqui, ser racional ou emocional, não escolhe, nem tem distinção.
Não tenho outra forma de olhar para este filme sem associá-lo com o dia a dia. Não preciso estar casado ou solteiro para entender o dilema a que nossos actos nos levam.
Sem ser uma obra-prima, tem o condão de explorar bem sentimentos comuns a qualquer mortal, as emoções, e isto, com mérito, é acalçado pelas excelente interpretações dos actores principais.
Por mais que a história os tenham unido e por todos os factos a volta de "Titanic", reunir DiCaprio e Winslet foi uma escolha feliz. Não é a química que sobressai, mas sim a liberdade entre ambos de expor emoções sem residência fixa.
Crescer é lixado...

3 comentários:

na outra banda disse...

A Academia não tem cura, mas não conseguimos passar ao lado destes prémios :)

looT disse...

Este também é dos que não quero perder. Parece que todo o elenco está soberbo além da espantosa Kate Winslet.

Abraço

na outra banda disse...

looT, se der, aproveita. vale o ingresso :)