terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"meca" faz contas à vida

Alguma vez escreveu um texto impecável, estudado e, de repente, teu computador desliga sem que antes, houvesse tempo para salvar o ficheiro? Maçarico... :0)
Bueno, aconteceu ontem e pior que isso, é não ser capaz de escrever a mesma coisa. Como?? Bah...avanti populi que atrás vem bróculi.

Semana passada li um artigo muito interessante na Variety, onde dissertavam sobre a actual situação do cinema norte-americano e o que esperar deste nos próximos tempos.
Juntei algumas pontas, mas não atei nenhuma delas. Por enquanto, acompanha-se à distância, sem deixar de expor uma opinião sobre o assunto.
Primeiro, começo a reparar numa pratica que tem vindo a acontecer com maior frequência, o adiar de várias produções, depois destas terem suas datas de estreia confirmada.
Hoje, temos “Harry Potter”, “2012” do dispensável Roland Emmerich, entre outros a sofrer alterações, numa clara tentativa de não entrar em choque com possíveis "blockbusters". Remanejar também significa facturar.
Longe vai o tempo, e serve como exemplo, de ver um filme seguir a risca seus planos de lançamento: Spider Man 2 tinha a data de estreia de Spider Man 3 anunciada mesmo antes de ser lançado Spider Man 2!! As garantias que o mercado enfrenta não são mais as mesmas.
Pelo meio, discussões sobre uma possível greve dos actores que recusam ter seus salários reduzidos como forma de contornar a crise(muitos não tem o vencimento de um actor de topo).
Um novo cenário se impõe semelhante ao que Jack Nicholson fez há…20 anos atrás!
Quando Batman, de Tim Burton, estreou, Nicholson prescindiu de seu salário avultado direccionando seus ganhos com os lucros do filmes nas bilheteiras e também no merchandising. Resultado: ganhou mais de 60 milhões!
Há casos pontuais de lá para cá, mas recentemente Jim Carrey optou por esta solução na hora de divulgar seu novo filme “Yes”. O que explica a campanha "in loco" feita pelo actor para angariar mais fundos para a sua conta bancária atraindo público para ver seu filme.
Os grandes produtores não perdem tempo e querem que outros não sigam somente o exemplo, mas que façam disto uma práctica corrente, para poder ter o tal gasto na produção do filme em detrimento do gasto que tem com actores.
A Marvel Filmes é um exemplo estranho. Chegou agora e diz quem sabe, já esta na merda.
Conseguiu sua autonomia, certamente porque suas adaptações e cedência dos direitor de autor de suas obras assim permitiu, fornecendo o aval necessário para arriscar por conta própria, já que o mercado dos “super-heróis”, prova dada, é vantajoso e com muito por onde explorar.
“Iron Man” é o primeiro filme da casa a ser lançado e não poderia trazer melhor resultado: 300 milhões de dólares só no mercado norte-.americano.
Aperto financeiro?
Bem, este "aperto" já afastou Samuel L. Jackson de viver, por mais que cinco segundos, "Nick Fury" patrão da "S.H.I.E.L.D." em próximos filmes da companhia. Se manter esta linha de raciocínio, terá sido este o motivo da substituição de Terrence Malik, quando “Iron Man 2” começou a ser estudado e não o mau comportamento dele no local de filmagem. Vai saber...
A situação é tão absurda que a Marvel ofereceu 250 mil dólares para Mickey Rourke ser um dos vilões principais no próximo voo do Homem de Ferro!
Filme caro, actores desconhecidos, não era uma lição estudada??
Se a história poderia terminar aqui, dia 22 deste mês é divulgado a intenção de adaptar o jogo “Lost Planet” aos cinemas. Custo previsto: 200 milhões de dólares.
Nota: o jogo foi um fracasso…e a crise?
Estão a atirar para todos os lados e de várias formas que, se não compromete o mercado, pelo menos lança dúvidas e confusão.
Irá um actor ceder, na hora de fazer seu contracto, quando discutir seu salário? Cheira-me a greve...
Um jogo de bastidores visto à distância por estas bandas.
Abaixo, link da notícia que a Variety pulbicou e motivou este post.
http://www.variety.com/VR1117998829.html

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