quarta-feira, 28 de maio de 2008
na outra banda, a desenhada!
Fazer um post sobre Frank Miller e Alan Moore é revelar o quão apaixonado sou por BD e pela obra de ambos. Suas obras são vastas(a BD é um universo vasto) mas acima de tudo, marcantes!
Se Spider Man mantém meu lado juvenil sempre activo e descontraído, conhecer a obra destes autores levou-me à outros patamares. Esta paixão tem quase 10 anos e veio para ficar!
Stan Lee,vénia! Criador da maioria dos heróis do universo Marvel tem um papel preponderante no que tem sido a história da BD, quase meio século após a criação de Spider Man.
Na década de 90, Frank Miller tornou a 9ª arte adulta e diga-se, acessível. Atraiu uma nova legião de leitores com traços arrojados e histórias como "O Cavaleiro das Trevas" que fez a BD(e Batman também)renascer.
Quanto a Alan Moore fez o mesmo com "Watchmen" mas sua escrita, jeito de ser, influências, carregam outro tipo de seriedade.
Cria o formato "novela gráfica" e a proeza de ser até hoje, a única BD a ganhar um "Hugo Award" que premeia livros na área da ficção científica.
O cinema tem feito atrocidades difíceis de entender e digerir com a obra perfeita destes senhores.
Não estou a contradizer-me com mensagens já aqui publicadas. Ao se adaptar um livro é necessário limar algumas arestas, mas numa BD a imagem está lá, o processo é mais de fidelidade do que criatividade, respectivamente.
"The League of Extraordinary Gentlemen" de Alan Moore é o caso mais flagrante. Para quem conhece a BD fica difícil entender como foi possível e preciso inventar certas situações para que tal obra-prima fosse "adaptável" ao cinema. Como foi possível fazer um filme tão ruim quando o material que serve de fonte é riquíssimo! Bah...
Não admira que depois deste filme, recuse ter seu nome associado as intenções distorcidas de Hollywood. Já é um gajo pouco dado a conversas e cada vez mais relutante quando alguém pretende adaptar alguma das suas obras para o grande ecrã.
Frank Miller pensa igual e a diferença entre Alan é só esta: é muito mais sociável.
Robert Rodriguez com "Sin City" e Zack Snyder com "300" deram novo alento as adaptações de ambos autores. Frank Miller, que co-realiza "Sin City" empolgou-se tanto que esta, neste momento, a adaptar e realizar a obra daquele que é o seu mentor e dito melhor cartoonista de sempre: Will Eisner.
A obra chama-se "The Spirit" e é o poster que ilustra este texto. Boa antevisão:
Primeiro, é genial. O que vemos é um banner composto por três posteres separados que criam a ilusão de um só.
Segundo, uma certa sensação de dejá vu se comparar-mos com o que foi criado em "Sin City". Quem disse que mais do mesmo é mau?
Terceiro, esta a gerar o mesmo tipo de expectativa que rodeou o já supracitado "Sin City". Grande elenco à volta de Frank Miller que presta assim, tributo ao seu mentor.
Quanto a Zack Snyder, vénia! "300" é um belíssimo exercício cinematográfico de outra adaptação da obra de Miller. Só falta cheiro!
O que conseguiu foi tão importante que, ao segundo filme-Watchmen-consegue aval para que saísse do papel uma as adaptações mais desejadas e ditas impossíveis (dizem sempre isso rsrsrs) de fazer: "Watchmen".
A página da internet é impecável, Snyder partilha o dia a dia das filmagens,comenta sobre e as primeiras imagens divulgadas prometem colocar o trabalho de Alan Moore no seu devido lugar: topo!
Alan que a propósito disse após uma primeira reunião com Snyder o seguinte: I'm never going to watch this fucking thing."
Vai morder a língua, aposto! :0)
A imagem que ilustra este post é um convite para visitar a página oficial desta adaptação(quem vigia os vigilantes?) e comparar quão dedicado e fiel segue o trabalho de Snyder e sua trupe.
"na outra banda" sempre com esta banda, a desenhada :0)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário