domingo, 22 de janeiro de 2012

the descendants

Numa entrevista com Alexander Payne, realizador e George Clooney, actor de "the descendants"(2011), que estreou esta semana em Portugal Continental, Payne, a certa altura diz: "olha que quando fizermos o filme não te quero com esse aspecto…” mas não resistiu em ter a camera "colada" em seu rosto. Do que recordo de seus filmes, nunca fez tanto uso do "close-up" como neste.
Ainda fiquei na dúvida se era a impressão causada por ir há uma sessão ao início da noite com sala cheia e a três filas do ecrã(rompi longa tradição da sessão da meia-noite que tanto aprecio). Não é fácil ver um filme tão próximo ao ecrã. Se por uma lado via os pelos do nariz de Clooney, por outro, a forma como o Hawaii é tratado, principalmente nas panorâmicas e paisagísticas imagens da ilha, impressiona. Deu até para ver o Hurley a apanhar um Sol..nah...o turno na ilha já deve ter acabado :)
Quem lá foi só para ver o galã Clooney, saiu a ganhar. Quem foi pela obra em si, também ganhou. Saio satisfeito do cinema(catano, já não picava o ponto há muito tempo...bendito escape...).
A escrita de Payne(argumento escrito a meias com Jim Rash, o reitor Dean Pelton em "community")tem por base o livro de Kaui Hart Hemming, com o mesmo nome e agarra o espectador desde o início com a narração off feita pelo personagem de Clooney. Começa por retirar o vislumbre da ilha para contar uma história que não tem endereço.
Traição, a relação com as duas filhas jovens pouco comportadas(melhor do filme), a mulher em coma e os negócios da família são motivos mais do que suficiente para um homem perder o rumo e "the descendants" convida-nos a descobrir como que este mesmo homem reage perante estas adversidades da vida.
Pelo meio Nick Krause e o seu "Sid". É a comédia no meio do drama(provocou no escriba deliciosas gargalhadas). Apesar de estar mais ao acaso e não é por acaso que ali está. Creio, confronta um pouco a idéia do "mais velho, logo, mais sábio". Nada de mais, a história não vagueia por aqui.  
Algumas cenas determinantes para mim como a conversa de Matt com o casal amigo, sem rodeios e uma particular cena no Hospital me encantam. Não dá para adiantar mais do que isto.
O mesmo não pensou o jornalista do jornal Público(edição online)que relata três partes do filme e numa delas, detalha o final. Como não gostou do filme pensou: "que se lixe quem for ler isto..."
Um idiota. Por esta altura poderia ser mais selecto, eu sei, mas é sempre chato. Acabo por ler menos sobre para não ser surpreendido. Felizmente foi após ver o filme.
Para quem já viu o filme, fica uma entrevista publicada no ionline, com realizador e actor.


Não sei a quanto tempo que isto acontece ou se passou a ser pratica recorrente em todas as salas Lusomundo mas quando a senhora diz-me: "esta cheio, mas tem estas cadeiras vip que custam mais euro e meio..." não consegui conter a gargalhada.
Publicidade, intervalos, agora cadeiras vip´s, fora o farnel...e pá se há sítio ao qual não me apetece nada sentir em casa, é dentro duma sala de cinema...

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