segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

puta madre

Este mexicano é um caso sério.
Consegue, mais uma vez, arrastar-me para um experiência cinéfila de tirar o fôlego. Tem sido assim desde "amores perros" até "birdman".
Não sei como funciona a mente dele. Se escreve em castelhano, pensa em inglês ou o contrário, mas este argumento é uma ponta de faca afiada que tem alvos bem definidos.
Tanto revela como o sonho de ser famoso, ser reconhecido pode ser cruel como recompensador, como mostra a olho nú o que é preciso ser, ter para ser "parte da socidade".
Pelo meio, um momento de rara beleza gélida. Sim, senti a sala congelar com "a cena" do filme, protagonizada pela Emma Stone perante um atónito Michael Keaton, no papel de pai da beldade.
Puta madre...aquilo foi de um desconforto tremendo. Uma atuação para uma vida. Fixem aquele olhar...
A forma como Iñarritu realiza não é de todo novidade, mas fá-lo com uma leveza espantosa. A sensação teatral não abandona esta experiência cinéfila de primeira linha.
Cada vez menos opto por ir ao cinema para ver filmes que se enquadram perfeitamente nos quatro cantos do meu canto mas certas experiências, merecem o voo.
O comparativo que se faz entre argumento, a história cinéfila de Keaton atesta ele um lugar de "eterno" na galeria de filmes que irei rever vezes sem conta. Que atuação...
"let´s share this vagina"


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