segunda-feira, 28 de março de 2011

waking all star bloody sunday beauty ou o pior título para um post

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Ano passado, um documentário despertou minha atenção não fosse ter como pano de fundo a "Disney".
"Waking Sleeping Beaty", de Don Hahn, teve espaço neste cantinho duas vezes: num rabisco e noutro animado
Hoje pude ver esta obra delicada e acima de tudo, educada porque quando os créditos finais surgem e sendo "ego" um dos maiores problemas que paira sobre "waking sleeping beauty", a possibilidade de tomar partido, via "roupa suja", seria muito fácil não fosse o tom correcto que este ostenta em cerca nos seus 85 minutos de duração onde é ténue a linha entre " o belo e o feio".
Não deixa de ser uma obra sobre Gestão e seus Recursos aqui, na "pele" de animadores da Disney.
Deixo duas ligações: uma via Disney outra via Sapo que faz um artigo elucidativo sobre esta pequena pérola.
Impressionante, no mínimo.
Quando pela 1ª vez vi "Bloody Sunday", de 2002, não estava para ai virado e mudei de canal. Tempo vai tempo vem e nada de ver o filme(depois, só a pescar com rede é que encontro a premiada obra de Paul Greengrass).
Fi-lo hoje e ainda bem porque não só fui capaz de entender a dimensão do filme como, via internet, foi possível ter acesso a diversas imagens e textos da altura que antes, seria mais difícil de obter.
Vencedora de vários prémios, entre os quais o "Urso de Ouro" de Berlim, "bloody sunday" é a reconstituição dos factos que levaram à morte de 13 civis, e que feriu outro tanto, pela mão dos Militares Ingleses de forma negligente sem que no final, nenhum destes fossem incriminados pelos seus actos, o que levou que a luta pelos Direitos Civis, manchada de sangue, fosse reivindicada pelos Irlandeses com muita ira despertando o movimento armado I.R.A.
A montagem ofegante, a fotografia "tosca", a realização "camera na mão" e a sensação de estar no local, quase dez anos após sua estreia, impressiona.
As filmagens decorreram na cidade de Derry, Irlanda do Norte, no mesmo local onde este "Domingo Sangrento" aconteceu. Uma reconstituição de época, pelas fotos que pude ver, repleta de veracidade. Difícil imaginar o que as pessoas que viveram este dia sentiram durante as filmagens.
Conheço algumas obras de Paul Greengrass, tem pulso no cinema de acção, mas faltava descobrir esta película e um pouco mais desta história que a canção tornou popular.
Ligações sobre este fatídico dia não faltam. Fica esta do "the guardian" que explica, passo a passo, a movimentação dos militantes e das tropas britânicas.
(adoro este poster...)

Dividido entre 12 edições entre 2005 e 2008, "All-Star Superman", do escocês Grant Morrison(bendita sejam as legendas, alguém já ouviu este senhor a falar?)ganhou uma versão animada em 2011 lançada no passado mês de Fevereiro.
Não conheço a bd, infelizmente. As imagens que vi, revelam traços de um Superman robusto, porém, afável, delicado e no filme, certamente, isto é conseguido.
A história leva o carimbo "meio-termo". Gosto de algumas coisas, definitivamente não gosto de outras e para ser mais claro no que escrevo, digo com isto Sansão e Atlas.
Estranhei, e muito, a forma física escolhida para retratar a mãe do Homem de Aço. Parecia ter saido de uma obra de Hayao Miyazaki, não que a referência seja má, pelo contrário, mas parecia fora do contexto(presumo, também ela adaptada da bd).
No final, uma certeza: a vontade de querer conhecer a obra aumentou. Tem de ter algo mais não fosse "All-Star Superman" ganhador de um "Eisner", um dos prémios "mor" da bd.
"paper heart" e "despicable me" completam o lote, mas ganham "só" uma menção honrosa.

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