terça-feira, 12 de junho de 2012

prometheus

Aviso: se não viu o filme, melhor não ler.

"Prometheus" promoveu uma boa sessão de cinema.
Fiquei maravilhado com a criatividade visual que este filme emprega.
Se por um lado surpreende por ter grandes cenários "à moda antiga" em detrimento do uso em excesso de imagens geradas por computador, esta, quando usada, supera em larga escala muito do que poderia imaginar para este regresso de Ridley Scott à ficção científica.
O mapa astral que o personagem de Michael Fassbender, David, vê a certa altura do filme, é bem prova disso.
Resgatar a participação do suíço H. R. Giger, responsável pelo aspecto do "Alien" e dos "Space Jockey´s" é outra mais valia para o filme.
No final, a franquia "Alien" funciona bem na mão do seu criador mas horas após ter visto o filme, a pergunta que não sai da minha cabeça é: porque não resolveu tudo num só filme??
A idéia de voltar a este universo, de saber que "Prometheus" não fica por aqui...não me fascina. A fórmula, está visto, será a mesma de sempre. Mudam as cartas de posição.
"Prometheus" está repleto de perguntas pertinentes sem resposta(com isto não digo que o argumento é mau, longe disso)e a certa altura, penso mesmo, sem um fio condutor para suportar algumas destas idéias.  Preferia que este "evento" ficasse por aqui ao invés de andar a procura de uma resposta com uns sustos pelo meio num eventual próximo filme se o "boxoffice" permitir. Para já, as bilheteiras aparentam estar de boa saúde não fosse a curiosidade à volta de "Prometheus", grande.
A mulher volta a ser um personagem forte na franquia, com Noomi Rapace a dar o mote,  e para não variar, Michael Fassbender está impecável. Desde a construção física do seu personagem até o pormenor vocal(dá um tom aveludado à David). Que actor!
Vislumbre visual e sonoro. Creio, poucos discordaram de mim. Neste aspecto "Prometheus" é brutal.
Escrito a meias por Jon Spaihts e Damon Lindelof, será fácil "apontar o dedo" ao segundo nas questões sem resposta. À parte deste facilitismo, consegue prender o espectador, independente de qual for a reacção final.
Há pormenores a considerar e o principal remete aos minutos finais. Para que não haja dúvidas, o que deve ter se em conta é que a trama não acontece no mesmo planeta onde a tripulação da tenente Ripley(Sigourney Weaver)do clássico filme de 1979 encontra o famoso e enigmático "Space Jokey". Com isto, penso ter dado dica importante para perceber a recta final de "Prometheus".
O mito sobre Prometeu responde um pouco a este ciclo "Alien". Não sendo um entendido da matéria, li este artigo e na hora de comparar, faz sentido.
Se tivesse que pontuar este filme, nota 7 seria de bom tom.

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