A noites assim em que desde o ligar do motor do carro, até o destino final, tudo é perfeito.
O maior pecado foi no entanto, percorrer a E.N. 225 e a E.N.108 à noite. Dois percursos que conheço de trincheira e são de uma beleza renovada a cada viagem com o bónus do Rio Douro dar outro tom na E.N. 108
Regressar ao Porto, ainda que por horas, é maravilhoso. Tempo para uma caminhada a beira da Ribeira e ir ao destino da vez: Hard Club no renovado Mercado Ferreira Borges.
Arejado no exterior, com o seu brutal Pé Direito e uma sala para espectáculos muito acolhedora.
O palco é brutal. Ao comparar com a estrutura do antigo Hard Club, em Gaia, é notório a evolução só pelo altura do estrado do palco que deverá ter, sensivelmente, 1.50m de altura.
O contacto entre banda e público é estabelecido mesmo antes do concerto começar. É um convite a fiesta!
Entre palco e público, uma grade com talvez, cerca de 70, 80 cm de distância. Se esticasse o braço, tocaria facilmente no palco.
A sala estava composta, não abarrotava pelas costuras, apesar do preço do bilhete ser acessível, 18€.
Deu para circular à vontade e pela primeira vez fiquei à beira do palco. Uma experiência diferente mas que durou pouco.
O som era estridente. Mal conseguia perceber o que Jon Spencer cantava. Fiquei umas poucas canções a apreciar o trio de Nova Iorque e deu uns passos atrás para tornar a experiência perceptível. E assim foi.
Quanto ao concerto em si, foi muito bom. Há sempre a imagem do primeiro concerto, no Marés Vivas em 1999(imaculada por sinal)mas achar que algo semelhante poderia voltar a acontecer, seria um erro. A turnê é cansativa, ainda mais para Spencer que não para quieto, mas esta é a verdade absoluta, o tempo passa para todos...(Spencer mal interagiu com seu teremin, muito menos de forma efusiva)e apesar de contidos nos gestos, o resultado final foi eficaz, satisfatório, de boa dose e isto, no final, é o que importa.
Fica a idéia de que a Blues Explosion encontrou um meio diferente para divulgar alguns clássicos: cortar as canções como se de um "medley" estivesse a falar.
"She said" não terminou. "Bellbottoms" também não. E mais houve que serviram para aquecer as hostes e cumprir sua aparente função: encaixar outros temas mas sempre, sempre a virar um atrás do outro. Desta forma, nem "fuck shit up" do álbum "now i got worry" faltou, com os vocais, nesta canção, a cargo de Judah Bauer(estarão fartos de tocar os mesmos temas, noites e noites seguidas que oferecem o sumo e se quiser espremer o resto, oiço o álbum em casa??)
Esta é a característica mais forte da banda. Não há tempo para tempos mortos. Impressionante.
Antes do concerto o fantástico baterista Russel Simins circulava entre sua bateria, bastidores e o DJ "a boy named Sue". Fartou-se de tirar fotos aos álbuns com que este "homem dos pratos" animava a noite. Quero crer que os temas lhe agradaram muito e a fotos servem como identificação para posterior audição.
Nada mal para aquecer a plateia com sons semelhantes ao da "blues explosion".
No final, tempo para cantar parabéns ao aniversariante da noite: Mr Simins. Foi giro :)
Durou cerca de hora e meia a fiesta.
Deixo o Porto com saudades e com desejo de regressar brevemente.
frustração ter uma máquina digital relativamente interessante e não saber tirar partido na sua totalidade...deixo estas duas fotos para focar a proximidade possível entre público e banda neste palco brutal do Hard Club.
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4 comentários:
Grande banda e a um bom preço. Não tivesse já gasto consideráveis quantias de dinheiro em concertos e ia vê-los hoje em Lisboa.
Valerá sempre a pena. Isso dos medleys funcionou bem ou tiveste pena de não ouvir algumas até ao fim?
Abraço
ola loot!
é uma boa pergunta.
funciona bem para quem conhece a banda e esteve atento a este pormenor pela forma como encaixaram outros temas, como o "attack" do acme plus.
funciona bem para quem não conhece grande coisa e acha que aquilo são...interlúdios, a falta de melhor palavra.
não funciona porque ouvir bellbottoms pela metade não tem piada nenhuma :)
estava feliz da vida por lá estar e no final, achei piada.
mas é estranho ver os temas "cortados" ao meio... :)
abraço!
Eu vou estar no TMN ao Vivo hoje! Sigo esta banda há muito tempo, mas é a primeira vez que os vou ver!
Este concerto é para "apresentar" o último álbum deles: "Dirty Shirt Rock N'Roll: The first ten years". As versões neste álbum já são relativamente diferentes das versões originais, mas acho que também não são cortadas a meio!
Será sempre um grande concerto! :)
ola cinnamon, bem vindo a este cantinho!
antes de mais, que o concerto de logo à noite seja impecável para ti :)
alguns temas tocados ontem à noite contém a essência do tema mas não foram apresentados no formato tradicional.
é até interessante leres isto e se conheces a banda, podes reparar neste pormenor e depois partilhar o que pensaste :)
vais reparar que em nada fere a canção, mas é uma opção interessante
é uma grande banda e que teu primeiro contacto "live" fique para a história!
não tive tempo para ficar, mas é malta acessível. com jeito, ainda trocas um "alô" com eles.
abraço!!
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