A bem da verdade, todo ano de Festival em Coura traz boas recordações. As duas edições que da qual tive a feliz oportunidade de participar, foram impecáveis em todos os níveis. Desde o factor "primeira vez"(em 1998) até o trabalho que desenvolvi com a Rádio do qual era colaborador. Senti-me um "rockstar" do jornalismo(acredita, um orgulho do caraças desta fase!!)amador com os directos feitos na programação :)
Em 1999 já revelava especial apetência pelo "pós-rock" e num cartaz recheado com nomes como Suede, Lamb, Gomez, senti que a banda escocesa, ali pelo meio, era o brinde mais apetecido no regresso ao Festival.
Noite dentro, aquele palco fenomenal com as árvores a darem cor ao recinto, a banda provocou um misto de reacções no público um pouco difíceis de explicar e entender num todo, naquele momento. Dúvidas dissipadas quando os sons profundos e distantes são "abafados" pelo coro "Guano Apes" dos milhares que ali estavam.
Acertar no alinhamento de um Festival não é pêra doce. Colocar uma banda intimista perante outra "in extremis" popular na altura não facilita. A mesma banda que no Festival Sudoeste 2000 provocou mesma "recepção" para os "Oasis" com a diferença que "Mogway" não abandonaram os palco após lançamento de alguns objectos estranhos).
A banda seguiu seu alinhamento entre constantes vaias e tímidos aplausos e quando a intensidade dos temas aumentavam, o mesmo público brindava a banda com efusiva reacção.
Stuart Braithwaite, vocalista e guitarrista da banda não entendeu nada do que estava a se passar ali. Perguntou-nos se "batiamos bem da cabeça" ou algo parecido num discurso que revelava o quão surpreso estava. O rumo do concerto mudou e terá nascido ali, qui ça(apanágio deste Festival)um novo culto para muitos.
A banda regressa este ano ao Festival(cartaz mui competente). Será que fará algum tipo de referência ao que se passou em 1999? Se for, depois conta ;)
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